1. |
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Guerreiro,
Eu cheguei agora
Eu cheguei
Nossa Senhora
Não existe mais
Eu cheguei
Sociedade não precisa mais
É triste eu sei
O guerreiro sem emprego
Guerreiro
Eu cheguei agora
Eu cheguei
Nossa Senhora
E a discriminação
Eu cheguei
Sociedade não brinca mais
É triste eu sei
Um povo sem brinquedo
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2. |
Quilombo dos Palmares
05:06
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Só de ter, só de ter, só de ter
A pele clara
Eu me livro do braço do poder
O braço mais sujo
Braço mais sujo e perverso
As costas ainda estão expostas ao Sol
A chibata corta o vento e avisa todos do sofrimento
Escravidão persiste na repressão policial
E bem na sua casa
O que eu quero dizer com isso tudo
É que eu estou puto
Com toda essa galera reaça e sem idéia
Tanto egoísmo, tanto egoísmo
Isso é egoísmo, isso é egoísmo
Ainda bem que eu tenho amigxs
E elxs estão comigo
Que acha que na vida pra viver, pra vencer
A gente não tem que fudê os outros pra vencer
Não é minha revolução se eu não posso fumar um
Não é minha revolução se eu não posso dar o cu
Não é minha revolução se eu prego machismo
Não é minha revolução se eu nego racismo
Enquanto isso somos da capital que mais mata jovens negros
Muita gente não sabe a diferença entre escravidão e emprego
E aqui é a terra do Quilombo dos Palmares
E aqui é terra do Quilombo dos Palmares
Bem vindo a terra do Quilombo dos Palmares
Bem vindo a terra do Quilombo dos Palmares
Não é minha revolução se eu não posso fumar um
Não é minha revolução se eu não posso dar o cu
Não é minha revolução se eu prego machismo
Não é minha revolução se eu nego racismo
Não, não é não, não é não, não é minha revolução
Não é não, não é não, não é minha revolução
Não é não, não é não, não é minha revolução
Não é não, não é não, não é minha revolução
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3. |
Às vezes morga
03:30
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Hoje eu peguei no meu diploma
E deixei a minha banda
Eu preciso ir embora agora
Vou pro Ceará, BH ou pro Pará
O que importa é ir embora agora
O que importa é ficar longe de ti
E dos amigos que eu já perdi
É, a rasteira do tempo bateu em mim
É, a rasteira do tempo bateu em mim
Eles me levaram de perto do Cais
De costas pra cidade, com luzes atrás
Essa cidade é como água do mar
Com um tempo coça e incomoda
Com um tempo coça e incomoda
As vezes dói que só
Morar em Maceió
Fazendo bares de lares
As vezes dói que só
Morar em Maceió
Destruir comunidades
O que é que eu vou fazer?
Eu escolhi viver, e sofrer e morrer em Maceió
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4. |
Sambinha massa
03:48
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O meu coração está fedendo
O meu coração está fedendo
Tá que nem o riacho salgadinho
Tá que nem o riacho salgadinho
E faz eu ter pena de mim
Faz eu dizer - Pena de mim!
E pena de si é muita pena
É uma avoada de pombo no prédio, nas antenas
Pena de si é muita pena
É uma avoada de pombo no prédio, nas antenas
Você sabe sabe sabe sabe
sabe sabe sabe sabe
Que pode ser que não esteja aqui pra ver
Você sabe sabe sabe sabe
sabe sabe sabe sabe
Quando aqui for um lugar melhor de viver
O meu coração está fedendo
O meu coração está fedendo
Tá que nem o riacho salgadinho
Tá que nem o riacho salgadinho
E faz eu ter pena de mim
Faz eu dizer - Pena de mim!
E pena de si é muita pena
É uma avoada de pombo no prédio, nas antenas
Pena de si é muita pena
É uma avoada de pombo no prédio, nas antenas
Você sabe sabe sabe sabe
sabe sabe sabe sabe
Que pode ser que não esteja aqui pra ver
Você sabe sabe sabe sabe
sabe sabe sabe sabe
Quando aqui for um lugar melhor de viver
Aonde você for
Aonde você for eu vou
Eu vou, eu vou
Um pelo outro
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5. |
Capitalismo antitropical
03:14
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Todo capitalismo não combina com o tropical
Na semana a praia é dos ricos
No findes tá liberado o povão
Todo capitalismo não combina com o tropical
Não mais comunidades na praia, só estrada, prédio e mansão
Nome de quem são
Nome de quem são
Nome de quem são
Nome de quem são os donos do mar, do mar
Capitalismo é antitropical
Tão antitropical
Todo capitalismo não combina com o tropical
Na semana a praia é dos ricos
No findes tá liberado o povão
Todo capitalismo não combina com o tropical
Não mais comunidades na praia, só estrada, prédio e mansão
Nome de quem são
Nome de quem são
Nome de quem são
Nome de quem são os donos do mar, do mar
Capitalismo é antitropical
Tão antitropical
Não combina com a praia
Não combina com a areia
Não combina com a sereia
Nem com os peixes
Não combina com a praia
com a areia, com o Sol, com a sereia
Praia, com a areia, com o Sol, com a sereia
Praia, com a areia, com o Sol, com a sereia
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6. |
Parte alta, parte baixa
03:57
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A parte alta da cidade quer alguém
A parte baixa da cidade quer também
O cobrador e o motor
O passador, o empresário
A ministra e a artista querem alguém
O cobrador e o motor
O passador, o empresário
Dona de casa, Ministra, como querem alguém
Pra falar seus problemas
Um beijo, um beijo forte
Um beijo na cabeça
E bem mais e bem mais
A parte alta da cidade precisa de alguém
A parte baixa da cidade precisa também
De dinheiro de trabalho, do salário do escravo
Da vacina, da morfina, rango com sódio ou sem
Da gravidade da idade, da roda, da escola
Atrás de vidros pedem esmola
Ai como eu quero alguém
Pra dividir a culpa
De falar mal da comida
Desdém a mesa posta
O almoço hoje cê não gosta
Nos matriculem na mesma classe, da mesma escola, somos do mesmo bairro
Nos matriculem na mesma classe, na mesma escola, somos do mesmo bairro
Do mesmo bairro, do mesmo bairro…
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7. |
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Acabou, acabou, acabou
Mas eu vou, eu vou, eu vou
Vou continuar, vou tentar
Vou continuar, vou tentar
Já não me sinto, já não me sinto bem
Eu não me sinto bem
Eu te admiro tanto
Todos os seus ideais
O dificil é saber que eu nunca fiz parte dos seus planos
E isso é real
Já não me sinto, já não me sinto bem
Eu não me sinto bem
Vem aqui, vem aqui, vem aqui
Seu anjo sedutor
Sai daqui, sai daqui, sai daqui
Se um dia já me amou
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8. |
Pra acabar a festa
04:54
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Chegou ozomi pra embaçar
O rolê tava massa demais
Agora ninguém mais dança, ninguém mais canta
Não há mais paz
Aponta pra qualquer canto e corra
Tem criança aqui dentro porra
Mãããããe, quando eu crescer
Eu não quero ser policial
Policial não não
Chegou ozomi pra embaçar
O rolê tava massa demais
Agora ninguém mais dança, ninguém mais transa
Não há mais paz
Aponta pra qualquer canto e corra
Tem criança aqui dentro porra
Mãããããe, quando eu crescer
Eu não quero ser policial
Policial, policial não não
Numa terça a noite
No Botequim Paulista
Eu precisava desanuviar a cabeça
Foi quando eu parei pra uma cerveja
Não tinha quase ninguém no bar
Só um cara no balcão a me olhar
Pra minha camisa do Joy Division
No tempo que a gente falava com estranhos de som
Sobre se sentir só no mundo
A gente sentou e conversou
Sobre pós punk e amor e com receio você me revelou
Amanhã eu entro pro Bope, pro Pelopes, pro Batalhão
E em voz baixa eu pensei - por favor, não perca o seu coração!
A gente não mais se viu então
Até o rolê na praia numa confusão
Criada pelo Batalhão
Eu vi você com arma na mão
Com um sorrisão atirando contra a multidão
E eu só pensei no seu coração
O seu coração era tão bom….
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9. |
Depressão Maceioense
03:49
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Debaixo do sol
A gente vê quem é mais forte
Aqui cachorro amansa, amansa
Com bala de revólver
Dos 18 aos 29
Só se ver caixas de mudança
De ressaca eu penso na vida
De ressaca eu penso na minha vida
E agora só na minha
Não ter dinheiro
Não ter pertences
Depressão maceioense
Vou passar, adiantar coisa
Não ter dinheiro
Não ter pertences
Depressão maceioense
É viver a esperar por nada
Não ter dinheiro
Não ter pertences
Depressão maceioense
É não pertencer ao meu lugar
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10. |
Alegria leva tempo
04:49
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Desde que a gente sentou e pediu a primeira cerveja
Esse é o terceiro que vem aqui
O cara queria ir no banheiro
O dono deixou? Eu não sei
Ah não: - ele ainda tá ali
A gente querendo se divertir
e o cara só quer cagar, mijar, sei lá
O básico pra alguns é luxo
Esse dono é um safado
Bora embora. Não volto mais nesse lugar
Nesses quase 30 anos aqui
Eu nunca vi justiça
Quando era criança não entendia porque
Eu sentia uma dor, inexplicável dor
O tempo foi passando
Dorzinha chata demais
Isso é de familia, rapaz
Seu avô tinha, sua mãe tem e sua tia também
Ah, me receita, prozac, zoloft, diazepam
Nesses quase 30 anos aqui
Eu nunca vi a sua alegria
Alguma parte do dia
Eu penso como seria
Morrer,
Você é engraçado e triste
Ninguém nunca te disse
É sim, é sim
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Ximbra Maceió, Brazil
A Ximbra é resultado do encerramento das atividades de duas bandas que fizeram parte da cena roqueira de Maceió, Alagoas, a Morra Tentando e a Dad Fucked and the Mad Skunks. Rodolfo Lima (vocal), Luiz Rios (bateria), Joh de Lima (guitarra), Caíque Guimarães (guitarra) e Bruno Jaborandy (baixo). ... more
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